A inovação em uma escola pode gerar mudanças radicais no modelo de ensino e de aprendizagem; pode gerar, inclusive, avanços capazes de produzir benefícios específicos conectados às necessidades do momento, em um contexto de ensino híbrido.
Para debater quais as inovações educacionais disruptivas, frente à pandemia, e as experiências com modelos distintos em escolas brasileiras, a Geekie reunirá o professor José Moran, doutor em Comunicação pela Universidade de São Paulo, e Claudio Sassaki – mestre em Educação pela Universidade de Stanford e cofundador da empresa – para um bate-papo virtual, em 10 de março, às 15 horas. A conversa será transmitida pelo YouTube, e as inscrições, gratuitas, podem ser feitas pelo http://os.geeki.es/Bate-papo_
Segundo Claudio Sassaki, a iniciativa da Geekie é abrir um debate para trazer informações qualificadas sobre o ensino híbrido para educadores, pais, responsáveis e público interessado na temática. “Como a pandemia da Covid-19 vive uma nova onda, provocando diferentes realidades das escolas em todo o Brasil, precisamos conversar sobre os modelos que se destacam e compartilhar experiências disruptivas, sobretudo quando pensamos nos estudantes do ensino básico”, afirma o especialista em Educação, acrescentando que o bate-papo trará informações sobre as características institucionais de escolas inovadoras e quais são as referências quando o assunto é aliar a tecnologia à educação personalizada e centrada no aluno.
O que é o Ensino Híbrido?
A modalidade de Ensino Híbrido integra as melhores práticas educacionais off-line e on-line; em inglês, inclusive, é reconhecido pelo termo blended learning – em livre tradução, misturar o processo de aprender. Nessa metodologia, há momentos em que o aluno estuda sozinho, aproveitando ferramentas on-line; em outros, a aprendizagem acontece de forma presencial, valorizando a interação entre alunos e professor. Por inserir essas ferramentas digitais no processo de aprendizagem do estudante, essa estratégia tem se mostrado mais coerente com o estado da arte da educação. Os alunos deste século, os nativos digitais, estão imersos no mundo virtual – embora nem sempre com as competências e os conhecimentos necessários para identificar seus riscos e suas oportunidades. É neste espaço digital que está a própria linguagem, a forma de expressão, as interações e, principalmente, as próprias fontes de informação. Neste sentido, o Ensino Híbrido traz para a sala de aula a realidade desta nova geração.
No livro Blended – usando a inovação disruptiva para aprimorar a educação, os autores Michael B. Horn e Heather Staker abordam o Ensino Híbrido como a modalidade que mescla um ensino presencial com o virtual dentro e fora da escola; ambos acreditam que essa é uma das tendências mais importantes da educação do século XXI. Os autores defendem que não por acaso esse programa de educação formal tem se disseminado em redes de ensino ao redor do mundo: ele oferece aos alunos acesso a um aprendizado mais interessante, eficiente e personalizado; torna-se, ainda, a base de um sistema educacional centrado no aluno. Na perspectiva desse processo eficiente e personalizado de aprender, o Ensino Híbrido funciona como um motor que alimenta a inovação e aquisição de conhecimento dentro e fora da escola.