Creio que nós somos a continuidade dos nossos pais, além da genética que trazemos dentro dos cromossomos, aprendemos com eles a comer, falar, andar, amar, o certo, o errado, enfim, tudo o que somos hoje dependeu dessa base familiar.
E essa crença só aumentou após o nascimento da minha filha. Ao olhar para ela, a cada sorriso, a cada choro, me questiono: o que vou deixar para ela? Neste momento, não penso em bens materiais não! Penso no ser humano que eu, como mãe, vou deixar para a sociedade e para vida.
Quando voltei para a escola que trabalho, após a licença maternidade, na reunião de pais do primeiro bimestre do ano letivo de 2013, antes mesmo de ler os itens da pauta escolar, olhei para aqueles pais sentados ali, na minha frente para obter informações sobre seus filhos e não tive dúvidas: agradeci a presença de todos e, em seguida, disse para eles que o maior motivo deles estarem ali era porque os nossos filhos são a nossa maior herança, então é neles que devemos manter o foco, a atenção.
Mesmo diante da sociedade atual onde tanto o pai quanto a mãe precisam trabalhar para compor a renda familiar, ou muitas vezes educando a criança sozinhos, somente mãe ou pai, que não devemos nos esquecer de que nossos filhos, estes sim, serão nossa maior herança, e que de alguma forma, por mais difícil que seja diante da falta de tempo, devemos estar atentos a eles.
É fundamental participar da vida escolar deles, independente do ano em que eles estejam, seja na educação infantil ou no ensino médio, independente da idade, pois eles serão para sempre os nossos filhos.
E mesmo diante desta vida corrida, onde o dia parece ter um terço das 24 horas expressadas no relógio, temos que criar uma rotina.
Quando eu digo temos, é porque me incluo nesta missão que, no meu caso, com minha filha, eu chamo momento eu&ela.
Devemos ter o hábito de uma rotina de conversa para que nossos filhos possam dividir conosco o que fizeram e aprenderam na escola, se há ou não lição de casa, acompanhar os cadernos, as apostilas, as datas das provas, saber quem são os amigos, quais os programas que assistem na TV ou na internet, o que escrevem nas redes sociais e com quem conversam, ou seja, um pouquinho por dia (eu diria uns cinco minutinhos) é o suficiente para você ficar inteiramente a par de tudo o que acontece com o seu filho, podendo intervir e orientar com amor, na certeza de que queremos o melhor para eles.
E por menor que seja esse tempo que você possa dispor ao lado do seu filho, tenha a certeza de que este será o mais valioso e grandioso investimento que você estará fazendo em sua vida, obtendo a sua maior e verdadeira herança.